“Old School Empoeirado” foi gravado no Estúdio 250 em Santos-SP, teve participações de Olavo Dada, Ana Simas e Joyci Souza. Música integrante do EP “Old School Empoeirado” do rapper Buddy X. Direção e produção de Paulo Simas (@pecesimas)
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Vídeo: Buddy X, participa de “Fuga” em Show de Edú Quintana, com Banda!
Buddy X, participa da música “Fuga” de Edú Quintana, com super Banda! No Teatro Procópio Ferreira em Guarujá-SP. No dia 15 de novembro de 2018.
Buddy X em Mina Du Lixo
Numa parceria entre Buddy X e Roberto Oliveira, nasceu a ídéia de se fazer uma letra que retratasse uma história verídica de uma pessoa que chegou ao fundo do poço, devido as drogas e foi resgatada pelo amor dos pais. Mina Du Lixo foi escrita durante a Oficina de Rimas ministrada por Buddy X no SESC-Santos entre os dias 03/03 à 28/04 de 2016! Roberto Oliveira (68 anos) foi um dos alunos do Workshop. Participação de Vanessa Esperança (Também aluna da Oficina de Rimas).
Assista ao vídeo clipe da música FORÇA INFINITA!
Assista ao clipe da música: ‘Força Infinita’, faça o download da música clicando aqui.
“O dia em que o Hip Hop ganhou de Holywood!”
Ano: 1985 Cidade: Campo Grande-MS Local: Estação Rodoviária de Campo Grande! Era um sábado e pra variar fazia um calor infernal e como não tínhamos absolutamente nada pra fazer naquela tarde combinamos nos encontrar no centro da cidade. Cada um de nós levaria uma coisa: Um papelão de caixa de geladeira, uma cera que passaríamos nesse papelão pra ficar liso, blusas de abrigos para que deslizássemos sobre ela, toucas, telinha e é claro: O Box (Som)! Claro que as pilhas estavam quase no fim… Mas como ás vezes acontecia, pessoas nos viam arrumavam uns trocados e com isso compraríamos novas pilhas! Como combinado nos encontramos, tudo estava perfeito! Ou melhor, quase perfeito a não ser por um pequeno detalhe: A cidade estava deserta! Não havia uma viva’alma! E pra gente que passa treinando, ensaiando novos passos, se ralando no chão para enfim chegar o momento de nos exibirmos não existe nada pior do que ausência de público. A gente até dança, mas… é como dançar com a irmã, ou seja: Não tem graça! E aí o que fazer então? Voltar? Ir embora pra casa e dormir? Foi quando alguém sugeriu a idéia: Vamos pra rodoviária? Nós nunca tínhamos ido lá mesmo, quem sabe haveria pessoas por lá! E dito e feito descemos a Rua Barão do Rio Branco e fomos até a rodoviária. Olhamos nas plataformas de embarque e só tinha alguns gatos pingados, parecia realmente que não era nosso dia… Resolvemos então subir para o 2º andar da rodoviária e pra nossa surpresa tinha bastante gente na fila do cinema, porque pra falar a verdade naquele cinema da rodoviária nunca tinha ninguém! Acho que só passava filme ruim! E eu não me recordo qual filme estava sendo exibido eu só me lembro que tava assim de gente! Finalmente a nossa sorte estava mudando! Abrimos uma roda, ligamos o Box e apresentamos nossas armas… Giro de costas, caranguejeira, giro de cabeça, moinho de vento, giro de mão, eletric boogie, espelho! Lembro até que arrumamos dinheiro pras pilhas e ainda sobrou! Realmente a sorte tinha mudado, e todos estavam se divertindo!… Eu disse todos? Bem… não foi bem assim… Eu estava no meio da roda fazendo um breaking aéreo depois fiz um espelho com mímica, eu modéstia a parte estava arrasando com meus óculos e luvas coloridas, e o povo aplaudia a nova dança com entusiasmo! Quando de repente senti algo batendo em minhas costas, logo pensei ser algum dos nossos que estava louco pra dançar e queria que eu saísse logo do meio da roda… Fiz-me de desentendido e ignorei-o, continuando a dançar numa boa… Foi quando ouvi uma voz em tom grave me dizer: – Você é surdo? Já disse pra sair fora! Foi aí que me virei e vi que eram dois policiais militares e mais um segurança da rodoviária! E ele continuou dizendo: – Se não saírem agora eu vou prender todo mundo! Tentei argumentar, mas foram irredutíveis e como não portávamos documentos resolvemos ir embora… Depois nós entendemos o que havia acontecido: O filme no cinema já tinha dado a hora de começar, porém o povo não entrava e então o dono do cine estava ficando desesperado e chamou a polícia, enquanto saíamos o povo nos aplaudia e nos dava parabéns e ainda me lembro que sob os olhares quase incrédulos dos policiais ainda arrumamos coragem de agradecer os apupos do público com tchauzinhos e beijos pra galera! Saímos como heróis e estávamos orgulhosos, pois naquele dia vencemos Holywood com seus grandes filmes, naquele dia cada um de nós saiu com um brilho no olhar, naquele momento sabíamos que éramos guerreiros, artistas de rua, e que o Hip Hop ainda iria nos preparar pra uma guerra muito mais difícil, muito mais longa, onde muitos cairiam, onde muitos desistiriam por acharem que era só um modismo passageiro, mas que os verdadeiros ficariam, pois… Na Cultura Hip Hop… Só os fortes sobrevivem!…